A culpa é do “candidato Sócrates” pelo que fez nos últimos seis anos – Paulo Portas
A culpa é de Paulo Portas que lançou o país na crise ao chumbar o PEC IV e agora subscreveu um documento que é igual ao que foi rejeitado – José Sócrates
Esta foi a principal argumentação de cada um dos líderes.
Sublinhe-se que Portas tentou manter uma postura de “estadista”mas teve momentos onde ficou nervoso e acusou Sócrates de "mentir".
Por sua vez, Sócrates tentou desmontar a critica de que não estava disponível para governar com o FMI com argumento pouco convicente.
Saliente-se ainda que Paulo Portas foi pouco incisivo, muito palavroso, não recorreu aos seus famosos sounbites (a excepção tavez tenha sido a imagem de que "Sócrates vive na estratosfera") e, com uma moderação rígida, não lhe foi dada oportunidade para fazer os seus habituais “números” em debates.
José Sócrates mostrou que tem uma “cassete”, não contradita por Paulo Portas. Em certos momentos até os comentários mais demolidores pertenceram à moderadora. Sócrates até fez o número da capa vazia que devia ter o programa eleitoral do CDS e aproveitou o minuto final para atacar o PSD.
Os media, minutos depois do debate, referem que foi uma discussão dura e em título apontam para a rejeição de Paulo Portas em fazer uma coligação com o PS.
Vídeo do debate aqui
Este debate foi visto por uma audiência média de 1.483.298 espectadores. O share foi de 38.3%. O valor máximo foi de 1,9 milhões de indivíduos de audiência instantânea.
Passou para o segundo lugar do TOP de programas políticos mais vistos em TV, desde 1995
Curiosamente o valor não difere muito do último debate entre os dois, em Setembro de 2009 que teve uma audiência média de 1.439.900 espectadores.
Neste ciclo das Legislativas de 2011, o debate anterior, entre Jerónimo de Sousa e Paulo Portas teve uma média de 910.800 espectadores e share de 26.1%.