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Legislativas 2011

Legislativas 2011

21
Mai11

Debate Socrates-Passos Coelho foi o mais visto

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O debate televisivo entre José Sócrates e Pedro Passos Coelho, foi o mais visto dos 10 que opuseram líderes dos partidos com assento parlamentar e passou para o segundo lugar do TOP dos debates mais vistos destes 1995. Santa Lopes/José Sócrates continua a ser o líder de audiência

Segundo o sítio da Internet da Marktest Mediamonitor, o 'duelo' de sexta-feira na RTP1 atingiu 44,2 por cento de 'share' (percentagem de telespetadores de entre as pessoas que na altura viam televisão), acima do milhão e meio de pessoas: 1,584,500.

O anterior confronto político sobre as legislativas de 05 de junho que tinha obtido maior audiência tinha sido o debate entre Sócrates e o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, com 38,3 por cento de 'share' e um total de 1.483.298 telespetadores, em 09 de maio.

21
Mai11

Debate P P Coelho - J. Sócrates

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A sondagem da Uni. Católica deu a indicação que Pedro Passos Coelho esteve melhor no debate. Uma diferença de 13% em relação a Sócrates. No entanto, para mais de 50% o debate não foi conclusivo. De assinalar ainda que em termos de propostas - designadmente de economia - a sondagem revelou que Pedro Passsos Coelho levou vantagem em todas as áreas.

Muitas vezes, mais importante do que o que se passa na hora de debate, é a vaga de comentários e notícias. Nas primeias reacções, em oito comentadores televisivos, apenas dois consideram que Sócrates tirou vantagem do debate. No dia seguinte, alguns órgãos de comunicação social relataram que o debate não iria ter influência na mudança de voto,

Síntese do debate entre Sócratese Passos Coelho.

 - Uma observação: num jogo de futebol, ganha a equipa que marcou mais golos. Num debate ganha a equipa que convenceu mais adeptos que foram ver o jogo.

17
Mai11

PSD - eixo de campanha

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O eixo de campanha é o que liga as várias narrativas. Como uma obra constituída por vários capítulos através dos quais se alimenta o enredo.
Michel Bongrand estabeleceu quatro eixos: Eixo ideológico: visa realçar uma diferença que à partida já é conhecida (esquerda/direita). Eixo político: projecta o futuro. O ponto de partida é o ambiente que se vive no eleitorado (continuidade, mudança, renovação, união). Eixo pessoal: personalização. A sua utilização é frequente quando não há fortes traços distintivos entre os partidos concorrentes, e Eixo temático: é circunstancial. Resulta dos estudos de opinião que indicam as principais preocupações do eleitorado e avalia o desempenho de quem exerce o poder.


O eixo de campanha do PS assenta nesta mensagem: Cuidado, é um risco colocar o PSD no Governo. Já provocou a crise que levou o país a pedir ajuda externa e agora quer ganhar com um líder impreparado e com um programa que coloca em causa o "welfare state".
A campanha não está assente em propostas, numa visão de futuro (nem programática nem de metas). Antes havia um inimigo externo (as empresas de notação financeira, o capitalismo selvagem, a indecisão da Europa, ...o FMI), agora, só há um perigo: o PSD. Tenham cuidado, não arrisquem na mudança que o tempo não está para experiências. O líder do PS repete este discurso todos os dias e já lhe chamam a "cassete de Sócrates". Por vezes cita uma medida do PSD, outras vezes pega numa declaração de um dirigente social-democrata... mas a mensagem é sempre a mesma. Neste aspecto, é uma campanha ofensiva (quando tudo levava a pensar que seria uma campanha defensiva) e com o adversário bem definido: o PSD.

 

Paulo Portas também ajudou a criar a imagem de incerteza do líder do PSD. Através da máxima: "o PS é imcompetente e o PSD não é convicente" tenta capitalizar o descontentamente em relação a José Sócrates e diminuir o impacto do "challenger" que seria Pedro Passos Coelho. O seu propósito é mostrar que, afinal, ele sim é a alternativa. Assumiu a postura de estadista e como é o único que já tem lugar assegurado no Governo (com PS ou PSD) tem uma atitude ofensiva mas comedida. Quanto à mensagem principal, aproveita todas as oportunidades para mostrar que o PSD também é coresponsável da actual crise e que não tem uma estratégia clara.

 

PCP e BE têm um eixo de campanha muito próximos (eixo ideológico): os restantes partidos têm uma política semelhante, subscreveram o acordo com o FMI (que Sócrates ajudou a diabolizar) e há uma alternativa de esquerda. O futuro vai ser muito mau para os trabalhadores e mais pobres e a continuar um desses partidos no Governo não haverá mudança.

 

Por último, o PSD. Após o despoletar da crise política afirmava que era necessária uma clarificação. Depois passou para um discurso social - não congelar as pensões mais baixas e prometeu apresentar um Programa Social -, entretanto escreveu artigos na imprensa internacional a dizer que o PEC IV ficava aquém do necessário e de seguida elogiou o acordo com a "troika" porque "vai mais longe". Após a apresentação do programa eleitoral a bandeira foi a diminuição da Taxa Social Única e quando já estava em empate técnico nas sondagens passou para uma postura ofensiva. O actual Governo e o seu líder não eram de confiança. No vocabulário do PSD surgiam palavras como omitir, enganar, mentir....
Ontem, o PSD passou a atacar o Programa Novas Oportunidades, (um ataque ao orgulho de milhares de pessoas que conseguiram atingir um melhor patamar nas suas qualificações).
Esta é uma narrativa sem mensagem. Não há eixo de campanha. É o social, é a economia, é o futuro com propostas e medidas concretas, é o desgaste do adversário....? para um líder que deixou que lhe fosse criada a imagem de alguém incerto, ingénuo, "não convicente", esta estratégia, de certa forma, confirma o rótulo que lhe estão a criar. A continuar assim não é o "challenger, desbarata a expectativa criada, não tira proveito do desgaste do adversário e nem aproveita as novas oportunidades. Deriva, apenas.
Duas dúvidas: o PSD contratou especialistas brasileiros de marketing político para esta campanha. Qual a influência que estão a ter na direcção de campanha? Serão eles os autores desta estratégia?

Segunda questão: o desemprego é uma das maiores preocupações dos portugueses manifestada nas sondagens. O que tem dito o PSD sobre este tema?

17
Mai11

PP Coelho - F Louçã

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Mais um debate morno. Poucos argumentos novo, repetições, dejá vu.

O debate entre Francisco Louçã e Pedro Passos Coelho mostrou o líder o BE a recorrer a documentos para evidenciar as contradiuções dos seus adversários.

Do lado de Pedro Passos Coelho, o mesmo ritmo, o ar colegial e muito palavroso, sem a acutilância de Portas e Sócrates. PP Coelho não mostra evolução na sua prestação televisiva. Mantém o registo.

Este debate foi dos mais vistos, ao ter uma audiência média de 1.010.995 pessoas e share de 30.2% e passou para o TOP dos debtaes com maior audiência desde 1995.

O confronto entre Paulo Portas e José Sócrates, em 09 Maio 2011 continua a ser o mais visto, desta campanha, ao atingir uma média de     1.483.298 espectadores.

26
Abr11

Redenção

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A Páscoa é momento de rendenção mas não para todos.

Lello, do PS, aventurou-se com comentários sobre o Presidente que originaram um boomerang pesado. Valia mais estar calado. O tempo não está para graçolas. Nem para erros tecnológicos, segundo relata o Público

P. P. Coelho, horas depois dos 4 Presidentes defenderem o diálogo, em vez de ir à boleia - como fez Sócrates - também se quis inspirar e perdeu, mais uma, oportunidade para estar calado.

17
Abr11

Fernando Nobre

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Pela polémica que causou e do que disse na entrevista à RTP, acho que vai ser um caso paradigmático da opinião publicada em pouco corresponder com a percepção de muitas pessoas/eleitores.

As elites, lideres de opinião, comentadores.... vão continuar a criticar Fernando Nobre. Os argumentos não são válidos, são contraditórios, um caminho sinuoso....

No entanto, para quem não acompanha a actividade política com muita atenção, quem não tenha a decisão tomada sobre o partido em que vai votar e que tenha visto a entrevista na RTP ficará com uma opinião bem diferente: Nobre foi simples, directo, emotivo e com grande franqueza.

Mais, com um discurso que devia ser o eixo da campanha do PSD - preocupação social, com a classe média e os mais desfavorecidos - e uma missão: Portugal.

Desta entrevista uma outra nota: a confiança que Fernando Nobre depositou em Pedro Passos Coelho e a forma como elevou o carácter e as preocupações sociais do líder do PSD. Repetidas vezes o disse. Neste aspecto, esta entrevista foi também um ponto positivo e muito relevante para Pedro Passos Coelho.

 

Podem dizer que nada do que Nobre se propõe fazer é competência do Presidente do Parlamento, que o perfil do cargo é outro... Tudo pode ser certo, mas o comum do cidadão não faz a mais pequena ideia do desempenho do cargo, do sistema de eleição....

Quem não tem opinião formada sobre esta polémica, gostou de o ouvir/ver, da imagem que transmitiu. Para muito, isto é o relevante.

 

16
Abr11

PSD anda aos tiros... no próprio pé

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Em pré-campanha eleitoral o PSD especializou-se em autoflagelar-se.

Marques Mendes ataca o cabeça de lista por Lisboa.

No dia a seguir Pacheco Pereira obriga o PSD a retomar o tema do encontro com José Sócrates que colocou em causa a seriedade de Pedro Passos Coelho.

Hoje, à hora de almoço Nogueira Leite disparou contra os que recusaram fazer parte das listas, adiantando que essa discussão deve ser tida mais tarde, o que significa que é inutil no presente.

Ao final do dia, Barbosa de Melo comenta de forma crítica Fernando Nobre e a decisão do PSD de apoiar a sua candidatura à Presidência da República antes de serem conhecidos os deputados.

12
Abr11

gato escaldado

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Pedro Passos Coelho teve uma reunião com José Sócrates que foi depois tornada pública por Silva Pereira.

O líder do PSD queixou-se que a reunião foi combinada ser mantida em segredo. Referiu ainda que o acordo não tinha decorrido nos moldes em que foi revelado pelo ministro dda Presidência. Fez uma promessa: nunca mais reunia a sós com José Sócrates.

Quando da apresentação do PEC, Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas disseram que o líder do PSD teve conhecimento das medidas através de um telefonema do primeiro-ministro.

Soube-se agora que, afinal, foi num encontro pessoal.

Conclusão: Pedro Passos Coelho faltou à verdade e quebrou uma promessa. O que não lhe fica bem.

É uma história estranha mais ainda quando o líder do PSD já manifestou desconfiança em relação a José Sócrates. Não há candura nem ingenuidade quepossa explicar como "voltou a cair na ratoeira".

10
Abr11

Redes Sociais

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 Um dos objectivos dos dirigentes politicos é o "directo". Criam os chamado pseudoacontecimentos    para   cativarem a atençao da comunicação e, se for possível, o "directo" é a cereja em cima do bolo.

 

 Na prática, "o directo" significa chegar junto da audiência sem a mediação dos jornalistas. Não há filtros,  transmitem a mensagem (o soundbite) desejada e habitualmente conseguem ter mais tempo de  exposição. Esta é uma estratégica normal.

 Nos últimos meses surgiu o mesmo procedimento mas sem recorrer às TVs  rádios. É através das redes sociais. Foi assim que Obama anunciou a sua recandidatura. Foi assim que o PSD tentou condicionar o congresso do PS. Cerca de 15 minutos após o megaevento socialista, Pedro Passos Coelho escreveu na sua página no Facebook que Fernando Nobre vai ser o cabeça de lista do PSD em Lisboa. A mensagem espalhou-se de imediato pelos media. O líder do PSD não foi sujeito a perguntas, confrontado com outros temas. O que escreveu foi replicado pelos media. Difundiu a mensagem pretendida, numa altura precisa e com rápida divulgação. Mais, sem custos e 100% eficaz.

08
Abr11

A campanha PS

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Na abertura do congresso do PS José Sócrates deu hoje o mote do que vai ser a campanha socialista:

- responsabilizar PSD pelo pedido de ajuda

- PSD é incerto, é arriscado mudar

- O PSD tem um líder que não sabe o que quer

- O PSD é neo-liberal e o PS defende o Estado Social

- PCP e Bloco fizeram um favor à direita e são responsáveis pela vinda do FMI.
Há vários anos que não via um primeiro-ministro a centrar o seu discurso no ataque ao lider da oposição, como se fosse ele o "challenger".
Habitualmente é ao contrário, até do ponto de vista do estatuto, o líder da oposição a tentar colocar-se ao mesmo nível do chefe de governo.

Sócrates corre atrás do prejuízo, da desvantagem nas sondagens. Vai aproveitar todas as oportunidades para atacar Pedro Passos Coelho e lançar-lhe directamente reptos. A ver se ele cai, se dá troco e tropeça.

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